AD Içara - EBD: Lição 12: O modelo de missões da Igreja de Antioquia - 4º trimestre 2023 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 12: O modelo de missões da Igreja de Antioquia - 4º trimestre 2023

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INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito da primeira igreja cristã formada por gentios: a igreja de Antioquia. Veremos a sua fundação e formação, sua vida ministerial e de comunhão, como foram os resultados produzidos da prática missionária da igreja. Teremos, portanto, uma amostra clara de que nessa igreja havia uma dinâmica simples, porém, profunda: jejum e oração para pedir orientação ao Espírito Santo; jejum e oração para executar a orientação do Espírito Santo (fazer missões); uma prática missionária na dependência do Espírito Santo.


I. A IGREJA DE ANTIOQUIA: NATUREZA E CARACTERÍSTICAS 

1. Antioquia da Síria. Antioquia da Síria era conhecida como “A rainha do Oriente”. A cidade tinha uma população estimada de 500 mil habitantes. Antioquia era constituída de diversas nacionalidades e, por isso, dizia-se ser possível conhecer os costumes do mundo inteiro pela mistura de povos que frequentavam suas praças. Não por acaso, essa cidade tornou-se “a segunda capital do Cristianismo”, depois de Jerusalém, e a sede de Missões da Igreja Cristã. Por isso, o evangelista Lucas altera o foco de sua narrativa, outrora centralizada em Jerusalém, para o ministério aos gentios, a partir de Antioquia da Síria, e a subsequente disseminação da igreja pelo mundo (At 11.19). Outrossim, não se deve confundir essa cidade com Antioquia da Pisídia, mencionada em Atos 13.14.

2. A igreja em Antioquia. Após a perseguição que sucedeu por causa da morte de Estevão, que fez os membros da igreja de Jerusalém se dispersarem para a Judeia e Samaria (At 8.1), o Espírito Santo dirigiu os passos dos primeiros cristãos dispersos para os confins da Terra, chegando, portanto, à Antioquia da Síria (At 11.22,23). Nessa cidade, após uma série de conversões, ocorreu a fundação da primeira igreja gentílica (At 11.26). Essa igreja tornou-se o centro da obra missionária de Paulo, o apóstolo dos gentios. É importante ressaltar que havia apenas duas cidades mais importantes do que Antioquia da Síria: Roma e Alexandria. Portanto, o Evangelho pregado a partir de Antioquia para outras regiões do mundo era espiritualmente estratégico.

3. Uma obra de leigos. Não foram os apóstolos ou obreiros, mas os leigos, os discípulos e os crentes em geral, outrora dispersos por causa da perseguição em Jerusalém, que anunciaram o Evangelho aos gentios e, consequentemente, fundaram a igreja em Antioquia (At 11.19). Por causa do anúncio do Evangelho, a mão do Senhor estava sobre os crentes dispersos em Antioquia, o que fez com que muita gente se convertesse a Cristo. Essa notícia chegou a Jerusalém, a ponto de os apóstolos enviarem Barnabé para verificar de perto o que estava acontecendo. Barnabé viajou mais de 400 quilômetros, de Jerusalém até Antioquia. Ao chegar à cidade, ele se alegrou ao constatar que a graça de Deus havia alcançado muita gente e exortou a todos que permanecessem firmes no Senhor. Nessa oportunidade, pela primeira vez, os discípulos da igreja em Antioquia foram chamados de cristãos (At 11.26).


II. UMA IGREJA MISSIONÁRIA EM AÇÃO 

1. “Havia alguns profetas e doutores” (At 13.1). A igreja em Antioquia tinha uma boa liderança exercendo a vocação. Nessa igreja, Deus estabeleceu profetas e doutores (1Co 12.28; Ef 4.11). Os profetas eram pessoas que exerciam o dom de transmitir a mensagem de Deus sob inspiração do Espírito Santo e de maneira espontânea. Os doutores, ou mestres, eram cheios do Espírito Santo e ensinavam a Palavra de Deus com autoridade e sabedoria do alto; não eram, portanto, homens orgulhosos e cheios de sabedoria meramente humana.

2. Uma liderança servidora (v.2). A liderança da igreja de Antioquia era constituída sem barreiras raciais ou espirituais, por exemplo: Barnabé — consolador, misericordioso; Simeão — negro, africano; Lúcio — cireneu, africano; Manaém — irmão de criação ou de leite de Herodes, o Tetrarca (Herodes Antipas), que matou João Batista; Saulo — fariseu, ex-perseguidor da Igreja. Essa profunda comunhão de adoração, oração e serviço na diversidade de pessoas salvas trazia uma convicção de trabalho em favor das multidões não alcançadas da Ásia Menor e da Europa.

3. “Apartai-me a Barnabé e a Saulo” (v.2). Nesse ambiente de sensibilidade espiritual, o Espírito Santo ordenou que separassem Barnabé e Saulo. Em seguida, eles foram enviados para o campo. Note que, antes de receberem a orientação do Espírito Santo, a liderança (profetas, mestres) e toda a igreja estavam no propósito de jejum e oração (v.2). Após receberem a orientação do Espírito e, antes de enviarem Barnabé e Saulo ao campo missionário, profetas, mestres e toda a igreja continuavam jejuando e orando (v.3). A lição aqui é muito clara: na obra missionária, e em qualquer projeto na obra de Deus, devemos entrar num propósito de jejum e oração para receber a orientação do Espírito, bem como para executar a orientação do Espírito. Sem dúvida, essa era a base do sucesso missionário da igreja em Antioquia.


III. O SERVIÇO DE MISSÕES 

1. O início das missões cristãs. A narrativa de Lucas, que denominamos de primeira viagem missionária de Paulo, começa em Antioquia com a escolha de Barnabé e Paulo, pelo Espírito Santo, para uma obra especial. João Marcos, autor do Evangelho que leva o seu nome, permaneceu em Jerusalém até ser levado para Antioquia por Barnabé (seu primo) e Paulo, que regressavam de uma missão de socorro a Jerusalém (At 12.25). Quando partiram para Chipre, na sua primeira viagem missionária, levaram João Marcos em sua companhia (At 13.5). Porém, ao chegarem a Perge, na Ásia Menor, Marcos os deixou e regressou para Jerusalém (At 13.5).

2. Roteiro da viagem e atividades missionárias. Nos capítulos 13 e 14 de Atos, encontramos diversas localidades onde a atividade deles foi desenvolvida: Missões em Chipre (At 13.4-13); Missões em Antioquia da Pisídia (At 13.14-52); Missões em Icônio (At 14.1-7); Missões em Listra (At 14.8-20a); Missões em Derbe (At 14.20b-21b); Missões em lugares antigos e novos (At 14.21b-28); Regresso à Antioquia da Síria (At 14.27). Basicamente, nessas regiões, a obra missionária foi caracterizada por uma variedade de estratégias de evangelização, visitas a cidades e países em que o Evangelho não havia chegado, perseguição e oposição ao Evangelho, batismo no Espírito Santo, separação de líderes para igrejas plantadas, contatos e revisões das igrejas plantadas e muitas outras atividades missionárias. Havendo cumprida essas e outras tarefas, os missionários voltaram a Antioquia da Síria, cheios de alegria, ansiosos para contar o que Deus havia feito entre os gentios (At 14.24-28). Eles poderiam dizer, de sã consciência: “Missão Cumprida”.

3. Prestando contas. Ao final de cada uma das viagens missionárias, Paulo e sua equipe prestavam contas à igreja que os havia recomendado. A despeito das fortes perseguições que sofreram no cumprimento da nobre tarefa missionária, Paulo e a equipe que estava com ele evidenciaram a manifestação do poder de Deus na primeira viagem missionária. Muitos gentios e judeus creram e aceitaram Jesus como Salvador, muitas igrejas foram fundadas, curas divinas e libertação ocorreram. A obra do Espírito Santo foi notória nessa jornada missionária. Assim, o grande legado missionário deixado pela igreja de Antioquia foi a porta da fé que Deus abriu aos gentios (At 14.27). Aqui, aprendemos algumas lições preciosas. Primeira, a ideia “missionários independentes”, que respondem “somente ao Senhor” não é bíblica; o apóstolo Paulo não deixava de relatar a atividade missionária à sua igreja de origem (14.27-28). Segunda, teremos oposição e obstáculos na obra missionária, mas também teremos resultados que glorificarão o Senhor que nos chamou. E finalmente, não esqueça de que, na obra missionária, quem “leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.6).


CONCLUSÃO 

À luz desta lição, podemos afirmar que a igreja cristã cumpre o seu propósito quando a cultura de missões faz parte da sua rotina. Uma das provas de que o Espírito Santo age na igreja é o investimento em Missões. Assim, é nossa a tarefa de evangelizar, participar dos projetos missionários de nossa igreja local, orar e jejuar por missões, contribuir e se colocar à disposição para ir ao encontro de quem precisa ouvir de Jesus. Quando o Espírito Santo encontra pessoas despojadas e sedentas por almas, Ele as capacita com talentos e dons espirituais para que se lancem inteiramente na mais sublime missão: ganhar vidas para o Reino de Deus.

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