AD Içara - EBD: Lição 9: Gogue e Magogue: Um dia de juízo- 4º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 9: Gogue e Magogue: Um dia de juízo- 4º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO

A profecia cumprida na antiguidade bíblica tem levado a ala cética a argu­mentar que a profecia foi escrita depois do fato acontecido. Com relação às profecias messiânicas, não há como defender esse pensamento. Nesta lição, veremos as profecias de Ezequiel que tratam de eventos que ainda não ocorreram com Israel. Muito mais agora, com Israel no centro do noticiário mundial, eles não podem dizer que o profeta escreveu a profecia depois dos fatos.

 

I – SOBRE A IDENTIDADE DOS POVOS INVASORES (PARTE 1)

Essa profecia envolve muitos nomes, e alguns deles até parecem enigmáticos. O nosso desafio é identificar quem são, hoje, os povos que Ezequiel menciona na antiguidade.

1- Os invasores (38.6; 39.2). A profecia deixa claro que essa invasão será para o ”fim dos anos” (38.8); “no fim dos dias” (38.16); depois da restauração do Estado de Israel (38.12). Isso significa que será antes da Grande Tribulação, ou, talvez, logo no início dela, portanto não é a mesma batalha do Armagedom (Ap 16.16). Outra informação importante é que os povos da coalizão do príncipe ou comandante chamado Gogue são da ”banda do Norte” e outros grupos do norte da África, como etíopes e os de Pute (38.5). O capítulo 39 descreve a derrocada de Gogue e os seus confederados (39.4-6). Essa informação geográfica é vaga e muito genérica, considerando a vasta extensão territorial e a multidão de povos que habitam ali.

2- Compreendendo a profecia. O discurso de Ezequiel deixa claro que a mensagem não é para a sua geração, mas para quando Deus fizer regressar o seu povo da diáspora de todas as nações da terra (Ez 36.24; Am 9.14,15). Como a profecia é para um tempo ainda distante, esses oráculos divinos foram vazados na linguagem da época do destinatário original. É necessário, pois, identificar esses povos no contexto em que vivia o profeta e procurar identificá-los nos tempos atuais, quando possível. Isso tornará a profecia compreensível e mais vívida em nossos dias.

3- Gogue (38.2a; 39.1a). O nome ”Gogue” fora da profecia de Ezequiel só aparece mais duas vezes nas Escrituras, um descendente de Rúben, sem qualquer vínculo com a profecia (1 Cr 5.4), e na revolta de Satanás contra Deus e seu povo depois do Milênio, em Apocalipse 20.8, como outro acontecimento. Tais nomes em Apocalipse são emprestados de Ezequiel 38 e 39. A Enciclopédia Judaica identifica Gogue com o rei Gyges, também conhecido como Gogo, da Lídia, região da Anatólia, na atual Turquia asiática. Essa é a interpretação da maioria dos expositores do Antigo Testamento e dos arqueólogos. Mas a descrição profética parece indicar um título, como “Faraó”, no Egito; ”Xá”, na antiga Pérsia; ”César”, em Roma, e não o nome pessoal de alguém.


II – SOBRE A IDENTIDADE DOS POVOS INVASORES . (PARTE 2)

1- Magogue (38.2b; 39.1b, 6a). É o nome de um descendente de Jafé, filho de Noé (Gn 10.2;1 Cr 1.5), que aparece em Ezequiel como um lugar. As fontes antigas o incluem com os habitantes do Cáucaso, procedentes de Gomer. O historiador judeu Flávio Josefo (37-103 d.C.) identifica Magogue com os citas, um conjunto de etnias nômades que viviam na região norte do Mar Negro e do Mar Cáspio. Os citas aparecem no Novo Testamento juntamente com os bárbaros (Cl 3.11).

2- Meseque e Tubal (38.2c; 39.1c). Tubal e Meseque são dois dos sete irmãos filhos de Jafé, filho de Noé: “os filhos de Jafé são: Gomer, e Magogue, e Madai, e Javã, e Tubal, e Meseque, e Tiras” (Gn 10.2). Esses dois jafetitas deram origem a Tabal e Mushki, reinos frigianos da Capadócia, na Anatólia, segundo inscrições assírias. Nessa coalizão aparece mais um da família de Jafé, Togarma, filho de Gomer (Gn 10.3). Gomer é o primeiro da lista dos filhos de Jafé, ele é identificado desde a antiguidade com o povo do Cáucaso.


3- A coalização de Gogue (38.5). Fazem parte do bando de Gogue mais cinco povos: ”persas, etíopes e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer e todas as suas tropas; a casa de Togarrna” (38.5,6). Todos eles são citados previamente nos oráculos de Ezequiel (27.10; 30.5). A Bíblia hebraica emprega o nome cushe, para Etiópia e pute para Líbia. Ambos, Cuxe e Pute são descendentes de Cam, filho de Noé (Gn 10.6; 1 Cr 1.8). O norte da profecia em relação a Israel inclui a Mesopotâmia, a Asia Menor e as regiões do Mar Negro e do Mar Cáspio. Os persas são os atuais iranianos. A Pérsia teve o nome mudado para o Irã em 1935.


III – SOBRE O CONTEXTO ESCATOLOGICO

A interpretação popular que considera a Rússia como Gogue ganhou muito espaço durante o período da Guerra Fria.

1- Gogue e Magogue. A mensagem contra ”Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tu­ al” (38.2; 39.1) é uma das passagens mais difíceis das Escrituras. Muitos acreditam tratar-se de uma expressão genérica para indicar o futuro inimigo de Israel. O rei Gyges, da Lídia, por exemplo, seria a figura do futuro inimigo de Israel que comandaria os seus confederados. Segundo o Talmude, literatura religiosa muito antiga dos judeus, Gogue e Magogue são dois nomes paralelos de uma mesma nação. Esses inimigos de Israel serão derrotados e isso nos desperta a esperança da nossa vi
2- Como a Rússia aparece nesse contexto?. A profecia afirma que Gogue é “príncipe e chefe de Meseque e de Tubal” (38.2; 39.1). A palavra “chefe” em hebraico é ro’sh, de significado amplo, “cabeça, chefe, pico, monte, parte superior”. Curiosamente, a Septuaginta traduziu o termo como substantivo próprio, árchonta Rhos, ”príncipe de Ros”. Isso é mantido na versão bíblica Tradução Brasileira e em algumas versões inglesas. Foi a semelhança de Sons, Roshe – Rússia, que levou muitos estudiosos a identificarem Roshe com a Rússia; Meseque, com Moscou, atual capital da Rússia e Torgarma com To­bolsk, cidade russa.

3- Origem da interpretação. Esse pensamento não veio dos pentecostais e nem se trata de uma ideia oriunda dos dispensacionalistas, como equivocadamente dizem os críticos. Essa interpretação vem de longe, desde Gesenius (1787-1842), famoso orientalista alemão. Em seu léxico hebraico, o Roshe de Ezequiel 38.2 são os russos. Depois da Guerra Fria, o assunto foi ficando no esquecimento. Mas com a guerra da Ucrânia em 2022, a relação entre Rússia e o Ocidente está voltando ao cenário mundial, o que era antes da Queda do Muro de Berlim em 1989.


CONCLUSÃO

É importante saber que a invasão de Gogue e o seu bando à terra de Israel é distinta da batalha do Armagedom, pois o ataque de Gogue será após a restauração de Israel, antes ou logo depois de começar a Grande Tribulação ao passo que o Armagedom se dará no final desse período. Cabe também ressaltar que essa invasão não é a mesma rebelião de ”Gogue e Magogue” (Ap 20.8), pois a profecia empresta de Ezequiel esses nomes.

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