AD Içara - EBD: Lição 5: Contra os Falsos Profetas - 4º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 5: Contra os Falsos Profetas - 4º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO

Depois do pronunciamento do juízo divino sobre a cidade de Jerusalém com seus príncipes e o próprio rei de Judá, Ezequiel se dirige agora contra os falsos profetas. Foi um longo e doloroso combate contra esses inimigos de Deus, dos profetas verdadeiros e da nação. O desafio maior para Jeremias, na cidade de Jerusalém, e para Ezequiel, na Babilônia, era o fato de esses embusteiros estarem blindados por uma liderança religiosa e civil que havia se apostatado.


I – SOBRE OS PROFETAS

A função dos profetas era apresentar Deus ao povo e ensinar a lei de Moisés, ao passo que os sacerdotes apresentavam o povo a Deus. Os falsos profetas, pelo contrário, tinham a função de contrapor os profetas de Javé e desencaminhar o povo dos caminhos do SENHOR.

1- O termo ”profeta”. A palavra hebraica usada para ”profeta” é naví, cuja etimologia é ainda discutida, mas a ideia primária é de ”porta-voz, orador”. Isso pode ser compreendido no relato do chamado de Moisés, em Horebe (Êx 4.10-15), e o próprio texto esclarece o significado do ofício: “Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta” (Êx 7.1). Mas as três principais palavras hebraicas são naví,’ roeh e hozeh, como aparecem em 1 Crônicas 29.29: “os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente”.

2- Outros termos para designar os profetas de Deus. Há diversos termos usados para os profetas como mensageiro (2 Cr 36.15,16); embaixador (Ag1.13); servo de Deus e do Senhor (1 Rs 14.18; 2 Rs 9.7); e homem de Deus (Dt 33.1; 1 Sm 9.6). A palavra “profeta” é de origem grega, prophétés, de pro, ‘antes’, e da raiz, phe, do verbo phémi, “falar”. Isso talvez justifique o conceito que mais se popularizou, com o passar do tempo, de ”prever o futuro”, revelar algo impossível de se saber por meio de recursos naturais (1Sm 9.6).

3- Os falsos profetas. Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Curiosamente, os mesmos termos hebraicos navi’ roeh e hozeh, usados para os profetas do Deus vivo, ou videntes corno Samuel e Gade, são também aplicados aos falsos profetas, é o contexto que vai identificar entre o verdadeiro e o falso no Antigo Testamento. Às vezes, quando o sentido não se refere aos profetas legítimos, a Septuaginta é mais específica e emprega a palavra grega pseudoprophétés, ”falso profeta” (Jr 6.13; Zc 13.2). É a mesma palavra usada pelo apóstolo Pedro (2 Pe 2.1).


II – SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

1- Os dois lados. Tudo na vida tem seu lado positivo e seu lado negativo. Como há o bem, há também o mal; como há galardão, há castigo; como há amigos, há inimigos; como há bênção, há maldição; como há verdadeiro, há mentiroso; como há justo, há injusto; como há vida, há morte; como há céu, há inferno. Assim também como há profetas legítimos enviados por Deus, há falsos profetas provenientes da parte de Satanás.

2- Apresentação (v.2). A expressão ”profetas de Israel” só aparece mais duas vezes no Antigo Testamento e somente em Ezequiel (13.16; 38.17). Não existe, nas Escrituras hebraicas, uma palavra específica para ”falso profeta”. O termo ”profeta” pode se aplicar a falsos profetas, tanto os de Jerusalém (Jr 5.30,31; 14.13-18) quanto os que estavam entre os exilados na Babilônia (Jr 29.8-10,21-23) e também aos falsos doutrinadores da atualidade (2 Pe 2.1). Ezequiel descreve ainda a natureza da atividade profética desses enganadores do povo. Os ”profetizadores”, ou ”que profetizam”, ou ainda, ”estão profetizando do”, é um pleonasmo, uma redundância até certo ponto sarcástica. Ele denuncia os falsos profetas que ”profetizam o que vê o seu coração” (v.2).

3- O desserviço dos falsos profetas (v.3). Eles são chamados de ”loucos”, em hebraico é nabal, ”ser insensato, tolo”. O nabal afronta a Deus (Sl 74.22), zomba daqueles que confiam em Deus (Sl 39.8) e não acredita em Deus (Sl 14.1; 53.1). Ezequiel afirma que eles ”seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram!” (v.3). Não se trata de mera tolice, mas de alguém que blasfema contra Deus: ”que o inimigo afrontou ao SENHOR, e que um povo louco blasfemou o teu nome” (Sl 74.18).

4- As ”raposas do deserto” (v.4). Esse quadro é uma metáfora dos chacais em meio às ruínas em cidades e civilizações devastadas. Isso significa, na verdade, que eles estão sendo chamados de ”pro­fetas-chacais”. Essa linguagem é uma demonstração do caráter destrutivo e o perigo que os falsos profetas representam à nação, e hoje, à Igreja de Cristo (2 Co 11.3,4,13-15). Jeremias apresenta um duro discurso contra eles em Jerusalém (Jr 23.9-40). Os israelitas caminhavam para a ruína ao passo que eles deveriam se ajuntar aos profetas de Deus para ajudar a reparar ”a fenda da casa de Israel” (v. 5).


III – SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

Israel já havia experimentado falsos profetas e opositores à obra de Deus, como Zedequias, filho de Quenaana, (1Rs 22.11,12,24,25). Mas a febre da crença em mentiras e em falsas profecias é semelhante ao interesse e à busca com avidez espantosa pelas mensagens falsas na atualidade.

1- O profeta no Antigo Testamento. A palavra ”profeta”, quando se refere aos profetas legítimos, vem sempre acompanhada de um qualificativo que o identifica como tal, ”mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas” (2 Cr 36.16); ”a qual dissera pelo ministério de seu servo Aías, o profeta” (1 Rs 14.18). Deus fala deles no Antigo Testamento usando a expressão ”meus servos, os profetas” (2 Rs 9.7; 17.23; Jr 7.25). A maioria deles era mal vista pelas autoridades corruptas que se apartaram da lei de Moisés. O povo de Deus foi e sempre será destratado pelo mundo. Jesus disse: ”Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso, é que o mundo vos aborrece” (Jo 15.18,19). A Igreja experimenta ainda esse desprezo no mundo inteiro.

2- Os portadores de mensagens falsas (vv.6-8). Deus revelou a Ezequiel as fraudes divulgadas pelos falsos profetas. Eles se posicionam como porta-vozes de Deus e se apresentam como enviados por Deus. Javé não os enviou e a mensagem que eles anunciam ao povo é ”adivinhação mentirosa” (vv. 6,7,9). Isso porque eles desencaminhavam o povo com notícias falsas, não somente sobre a verdade de Javé, mas também sobre assuntos políticos, militares e administrativos da nação (1 Rs 22.11,12; Jr 28.1-5). Essa mensagem desestruturava toda a sociedade, como as mensagens falsas de hoje. A mentira, e o oposto da verdade; trata-se da prática do engano, da falsidade e da traição. No contexto bíblico, a mentira vai além da prática intelectual da desonestidade, é uma distorção do verdadeiro eu e da nossa relação com Deus e o próximo (1Jo 2.4; 4.20).

3- A ira de Deus contra os falsos pro­fetas (v.10). A sentença contra eles vinha desde Moisés (Dt 13.1-5;18.20-22). Falar em nome de Javé sem que Ele tivesse autorizado era crime, mas parece que isso não intimidava os falsos profetas porque se sentiam favorecidos pelos governantes. Eles contavam com a proteção do estado, pois seus discursos agradavam às autori­dades e a maior parte do povo, e às vezes, eram até mesmo encomendados pela corte. Na época, eram funcionários públicos (Ez 13.19). Os discípulos desses falsos profetas e/ou falsos doutores (2 Pe 2.1,2) ainda estão por aí desencaminhando o povo e disseminando heresias. Devemos estar atentos a todos os movimentos estranhos que aparecem nas igrejas.


CONCLUSÃO

O apóstolo Pedro deixa claro que onde há o verdadeiro há também o falso como aconteceu em Israel entre os profetas e isso haveria de acontecer também na igreja (2Pe 2.1). O boato é a propagação de uma notícia infundada, não oficial e de fonte desconhecida. O contexto mostra que divulgar informação enganosa é associação com o ímpio para se tornar falsa testemunha. Mesmo as coisas triviais do dia a dia podem terminar na justiça, pois elas destroem a reputação de qualquer pessoa.

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