AD Içara - EBD: Lição 2: Vem o Fim - 4º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 2: Vem o Fim - 4º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO


O juízo divino descrito no discurso profético do capítulo 7 é endereçado à ”terra de Israel”, ou seja, particularmente aos seus habitantes, mas tem implicações globais. Os contemporâneos de Ezequiel na Babilônia, e até mesmo em Jerusalém, recusaram a mensagem dos profetas, principalmente de Ezequiel e Jeremias, por não acredi­tarem que Javé permitisse que os ímpios conquistassem a cidade e destruísse o Templo.


I – SOBRE A PROFECIA

1- Introdução (vv.1,2a). Ezequiel introduz a profecia com a fórmula usual dos profetas de Israel ”veio a palavra do Senhor a mim,, (v.1). A chancela de autoridade divina ”assim diz o Senhor Jeová” é a marca registrada dos profetas de Javé. Isso mostra que Deus é a fonte da profecia (2 Pe 1.20,21). Era uma comunicação divina incon­fundível, diferentemente da natureza da atividade profética inicial, que ocorria por meio de visões. Essa fórmula verbal de revelação indicava ser a mensagem recebida de forma externa, direta e audível.

2- Extensão (v.2b). A expressão hebraica ‘adamah ysrael para ”terra de Israel” (v.2) aparece 17 vezes no livro de Ezequiel e em nenhum outro lugar do Antigo Testamento. Isso indica a ira divina sobre o povo de Israel no seu próprio território. Mas ninguém deve restringir esse castigo somente a Jerusalém, pois ele tem também um caráter cósmico, portanto, extensivo a outros lugares. Isso fica claro pelo uso da expressão escatológica ”o fim vem sobre os quatro cantos da terra” (v.2), que aparece na Bíblia para se referir a toda a terra (Is 11.12; Ap 7.1).

3- Quando? (vv.3a, 8a). O ”agora” no versículo 3 é no hebraico ‘attah ”agora”
que ressalta a iminência do fim. Esse advérbio reaparece no versículo 8 acrescido da palavra ”depressa”, assim ”depressa derramarei o meu furor sobre ti”. Essa urgência é também demonstrada pela construção gramatical do verbo hebraico ba’, “vir”, que aparece dez vezes nesse curto trecho da profecia. Em quatro delas a ação está em andamento, pois o particípio hebraico indica uma ação contínua e ininterrupta: ”eis que um só mal vem” (v.5b); ”eis que vem” (v.6b): vem a tua sentença” (v.7a); ”Eis aqui o dia, eis que vem” (v.10).


II – SOBRE O FIM

1- Sentido (vv.2b, 3a, 6). A palavra ”fim” do hebraico, qéts, ”fim, destruição, ruína, morte, condenação”, ou ha-qéts, ”o fim,” trata-se de um substantivo usado em contexto de jul­gamento (Gn 6.13; Am 5.18-20; 8.2). Ele aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 num discurso poético cujo objetivo é causar impacto nos leitores originais. A literatura poética bíblica se sobressai não apenas pela sua beleza, mas também pela facilidade do povo em memorizar sua mensagem.

2- Expressões repetidas sobre o fim. A repetição das expressões ”Vem o fim, o fim vem” (v.2); ”Agora, vem o fim” (v.3); ”Vem o fim, o fim vem” (v.6); ”eis que vem; veio a tua ruína” (v.10) chama a atenção de qualquer leitor. Talvez a intenção de Ezequiel, como atalaia de Israel, tenha sido causar pânico no destinatário original. Os profetas, durante séculos, vinham chamando o povo, que era conhecedor da lei de Moisés e do Pacto do Sinai, ao arrependimento. Agora, o povo estava sendo informado de que o juízo divino era real.

3- A repetição da sentença. Os versículos 4 e 9 estão repetidos. Ninguém deve se surpreender com a intensidade esse juiz anunciado de antemão, pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3). Um dos objetivos desse juízo é a erradicação da idolatria, a causa das abominações (vv.3,4,8,9), visto que a casa de Israel recusou esse remédio pelo arrependimento (2 Cr 36.16). Todos estão sendo informados, de antemão, sobre a causa da destruição e lhes é dada a oportunidade de arrependimento. É uma reflexão relevante, também em nossos dias, porque somos seres morais e prestaremos contas a Deus pelos nossos atos (Ec 12.13,14; Gl 6.7).


III – SOBRE O INIMIGO

1- ”Já floresceu a vara” (v.10). Ezequiel faz uma analogia botânica, uma metáfora que se perdeu no tempo. A palavra profética anuncia: ”veio a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba” (Ez 7.10). O que essas palavras significam? Há diversas interpretações que não cabem neste comentário, mas dentre as três principais, a mais aceitável é a que considera essa ”vara” como o rei Nabucodonosor. Assim como o rei da Assíria foi o chicote de Deus para açoitar Samaria, os filhos de Israel do Reino do Norte (2 Rs 17.3; Is 10.5; 20.1), da mesma forma Javé usou o rei da Babilônia, Nabucodonosor como azorrague para chicotear Jerusalém, em Judá (Jr 27.8; 51.20-24).

2- ”Reverdeceu a soberba” (v.10b). O rei Nabucodonosor extrapolou os limites, foi cruel na aplicação dos castigos (2 Rs 25.7; 2 Cr 36.17; Jr 52.10,11), Deus não mandou o rei proceder dessa maneira, por isso o furor de Javé se acendeu contra a Babilônia (Jr 51.34,55,56). Essa reação divina é exemplar, pois, ainda hoje, Deus julga os poderosos que abusam da autoridade e cometem atrocidades. Às vezes, isso respinga também no próprio povo; mas o castigo definitivo é individual e na eternidade.

3- O rei Nabucodonosor. O nome ”Nabucodonosor” é de origem acádica, antiga língua da Mesopotâmia, Na­bú-kudurri-utsúr, que significa ”Nabu protegeu minha herança”. A forma que mais se aproxima do original no hebraico é Nebuchadre’tsar e aparece 30 vezes no Antigo Testamento, sendo quatro em Ezequiel (26.7; 29.18,19; 30.10). A forma alternativa é Nebuchadne’tsar (Jr 27.6,8,20; 28.3,11,14; 29.1,3); a Sep­tuaginta e Josefa empregam a forma grega, Nabouchodonosor. Ele era filho de Nabopolassar, que reinou 21 anos na Babilônia (625-605 a.C.). Nabucodonosor reinou 43 anos (605-562 a.C.).

4- A Babilônia. O nome ”Babilônia” é também de origem acádica, Bâb-ilí, ”portão de deus”; o Antigo Testamento hebraico usa bâbel, ”Babel”, e a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, ”Babilônia”. O nome do país é o mesmo da sua capital. Caldeus e babilônios eram, no princípio, povos distintos. A palavra kashdu significa ”conquistadores”, era usada para identificar as diversas tribos semitas que povoavam o norte do Golfo Pérsico, no sul da Babilônia, desde os dias de Abraão (Gn 11.28,31; 15.7). Isaías fala de babilônios e caldeus referindo-se ao mesmo império (Is 13.19; 47.1,5; 48.14,20).


CONCLUSÃO

Os julgamentos divinos na história mostram que o pecado jamais ficará impune e que a única maneira de escapar da condenação é através do arrependimento e da fé. Israel não tinha desculpa, não podia alegar ignorância, pois o povo dispunha de Moisés, do ensino dos antigos sábios, da revelação dos profetas e do conselho dos sacerdotes. O apelo dramático de Ezequiel é um exemplo clássico dessa verdade.

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