AD Içara - EBD: Lição 1:Ezequiel, o Atalaia de Deus - 4º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 1:Ezequiel, o Atalaia de Deus - 4º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO


As treze lições do presente trimestre foram selecionadas do livro do profeta Ezequiel. Por que é importante o estudo desse livro hoje? Primeiro, porque desde o primeiro capítulo até o último, ele nos leva a refletir a respeito da soberania de Deus em nossas vidas e na vida das nações. Segundo, porque o livro nos leva a uma avaliação contínua sobre o nosso relacionamento com Deus. A presente lição trata da responsabilidade dos atalaias constituídos por Deus, ontem e hoje.

I – SOBRE O LIVRO DE EZEQUIEL
O Livro de Ezequiel antecipa a tradição apocalíptica das Escrituras e pode ser dividido em três partes principais: a primeira, capítulos 1-24; a segunda, capítulos 25-32; e a terceira, capítulos 33-48.

1- Primeira parte - Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém, do Templo e ocupa os primeiros 24 capítulos do livro. Nessa parte está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (Ez 1.1-3) quando recebeu a visão da glória de Deus (Ez 1.26-28). Os discursos dessa primeira parte do livro são predominantemente de ameaças e juízos (Ez 7.2-4) contra a prostituição e idolatria do povo (Ez 8.15). A mensagem traz também uma série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (Ez 7.26,27; Ez 13.2-4; 22.26,27,31).

2- Segunda parte - Depois dos pronunciamentos de juízo contra Judá e Israel, os oráculos divinos são direcionados contra as nações vizinhas: Amom, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito (Ez 25-32). Isso revela que Javé não é somente o De.us de Israel, mas também de todas as nações, soberano em todo o universo (Êx 19.5; Sl 24.1; Ap 4.11).

3- Terceira parte - Começa com a notícia da queda de Jerusalém (Ez 33.21). Os oráculos dos capítulos 33 a 39 falam do retorno dos judeus de todas as partes do mundo à terra de seus antepassados, incluindo a visão do vale de ossos secos. São profecias espirituais de toda a casa de Israel (Ez 36.25-27; 37.14; Zc 12.10). As profecias dos capítulos 38 e 39 falam da invasão e derrota de Gogue e seu bando à Terra Santa. O livro de Ezequiel termina com a visão do novo templo e da redenção para Israel e toda humanidade como resposta à primeira visão (Ez 40 – 48).

II – SOBRE O PROFETA

As poucas informações sobre a vida pessoal de Ezequiel estão nos relatos entrelaçados nas profecias registradas no livro. Ele não é mencionado nos outros livros do Antigo Testamento.

1- Identidade. Seu nome hebraico é Y’hez’qel, ”fortalecido por Deus”, e não aparece nos relatos dos Reis e das Crônicas. O pouco que se sabe a respeito dele é o que lemos no livro que leva o seu nome, são alguns detalhes de sua vida pessoal. E esses fatos aparecem para ilustrar a situação exílica de seus compatriotas na Babilônia (Ez 12.4-7). Ele viveu entre os exilados na Babilônia (Ez 8.1; 20.1) e iniciou o seu ministério ali, no cativeiro, quando completou 30 anos de idade ”no trigésimo ano” (Ez 1.1). Não se sabe a data exata do fim do seu ministério mas, com base nos dados cronológicos apresentados no livro, sabemos que o seu ofício durou cerca de 22 anos.

2- Procedência. Ezequiel era de Jerusalém e pertencia a uma família sacerdotal, ”filho de Buzi” (Ez 1.3). Ele foi levado para a Babilônia na primeira leva de deportados em 597 a.C., quando o rei Nabucodonosor depôs Joaquim do trono de Jerusalém, levando-o para a Babilônia e pondo Zedequias, seu irmão, em seu lugar (2 Rs 24.10-17). Daniel estava também entre eles (Dn 1.3-6). Enquanto Ezequiel vivia entre os exila­dos e exercia o seu ministério profético entre o povo (Ez 3.11), Daniel servia na corte de Nabucodonosor (Dn 1.19-21) e Jeremias profetizava em Judá para o povo de Jerusalém (Jr 25.1; 26.1; 27.1).

 

III – SOBRE O ATALAIA

1- Atalaia. É uma palavra feminina de origem árabe, at-tallaat, ”lugar alto”. A função do atalaia é descrita em 2 Samuel 18.24-27 e 2 Reis 9.17-20 é melhor ilustrada pela parábola de um militar posto como sentinela (Ez 33.2-6). Essas atividades são empregadas no Antigo Testamento aos profetas de maneira metafórica por causa da responsabilidade da sentinela militar e do profeta de avisar sobre o perigo.

2- ”O fim dos sete dias” (v.16). O pro­feta se refere à primeira visão com a qual inaugura o seu ministério profético, que ocupa todo capítulo 1: a visão da glória de Deus Ez 1-26-28). Há uma mudança brusca do gênero literário apocalíptico nessa visão de carruagem, para o estilo típico dos profetas, ”veio à palavra do Senhor…”, ao introduzir o seu chamado para ser atalaia. O fim dos sete dias deve ser o tempo que ele esperou para recuperar suas forças depois do impacto da visão da glória de Deus (Ez 1.28; 3.14).

3- A expressão ”filho do homem” (v.17a). Deus não se dirige ao profeta pelo seu nome, mas como ”filho do homem” (v.17a), em hebraico, ben’adam, aparece 93 vezes ao longo do livro e seis vezes só no capítulo 3. Nenhum outro profeta recebe esse título. Isso faz lembrar a natureza humana fragilizada e pecadora ao passo que Deus é o Senhor da glória. Somente o Senhor Jesus usava esse título se referindo a si mesmo nos quatro Evangelhos a partir de Mateus 8.20. O título vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem (Rm 1.1-4). Adão é o cabeça da humanidade pecadora e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Rm 5.12-21).

4- O ”atalaia sobre a casa de Israel” (v.17b). Deus sabia, de antemão, que os filhos de Israel, no exílio, continuariam na sua rebelião (Ez 3.7). Assim, Ezequiel foi constituído, por Deus, atalaia para profetizar aos ”filhos de Israel” (Ez 2.3-7). Ele não esperava resultado de sua pregação (Ez 3.11), seu propósito era advertir os filhos de Israel, pois, ”hão de saber que esteve no meio deles um profeta” (Ez 2.5)


IV- SOBRE A RESPONSABILIDADE


A responsabilidade do profeta como atalaia sobre Israel se assemelha à nossa como cristão, na qualidade de mensageiro das Boas-Novas de Cristo. Seu discurso alcança justos e injustos.

1- A responsabilidade do cristão (v.18). São duas as responsabilidades principais do cristão: anunciar o Evangelho ao pecador e se cuidar para permanecer em Cristo até o fim. Se o atalaia não avisar o ímpio sobre o seu mau caminho e o perigo em que ele se encontra, certamente, o ímpio vai perecer, e o mensageiro será cobrado diante de Deus (v.18; Ez 33.8). Escreveu o apóstolo Paulo: ”E ai de mim se não anunciar o evangelho”(1Co 9.16). Também é dever do justo perseverar até o fim, porque, se ele ceder, a sua justiça não será levada em conta (v. 20; Ez 33.13) conforme ensina o Novo Testamento (Mt 24.13; Jo 17.12; 2 Pe 2.20-22).

2- A responsabilidade do ímpio (vv.19,27). Quando anunciamos o Evangelho e o pecador rejeita a salvação em Cristo, tal rejeição vai testificar contra ele mesmo naquele dia (At 18.6; 20.26,27). Deus disse a Ezequiel: “Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe” (v. 27). A expressão usada pelo Senhor Jesus: ”Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mt 11.15), em passagens paralelas (M 7.16; Lc 14.35) e em Apocalipse 13.9, é uma fraseologia similar que veio de Ezequiel. Isso significa que Deus é a fonte da profecia de Ezequiel e do Evangelho que pregamos (v.27a).

3- A extensão da nossa responsabi­lidade (v.20). Quando o justo se desvia, precisa igualmente ser alertado. Esse mesmo princípio na fé cristã significa que temos responsabilidade diante de Deus por aquele irmão e aquela irmã que estão se esfriando na fé ou que se afastaram dos cultos, principalmente na época de isolamento social, e isso pode levá-los ao completo desvio. É dever nosso cuidar uns dos outros na igreja (1Co 12.25). A nossa preocupação não é somente com o pecador ignorante, mas também com as ovelhas que se desgar­raram do rebanho (Lc 15.4-6).

 

CONCLUSÃO


O nosso compromisso, diante de Deus, é pregar o Evangelho e não converter as pessoas, pois quem as converte é o Espírito Santo. O Senhor mandou-nos pregar a Palavra, como Deus falou ao profeta: ”quer ouçam quer deixem de ouvir” (2.5,7); continue anunciando a mensagem! É oque devemos fazer com oração, guiados pelo Espírito Santo.

Conduzidos pelo Espírito Santo

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