AD Içara - EBD: Lição 8: A sutileza do enfraquecimento da Identidade Pentecostal - 3º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 8: A sutileza do enfraquecimento da Identidade Pentecostal - 3º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO

Nesta lição bíblica vamos estudar a identidade pentecostal e sua relação com o pentecostes bíblico. Contudo, o nosso enfoque será mostrar que algumas sutilezas do erro têm aparecido no meio do Movimento Pentecostal. No contexto de nossa igreja, o principal deles está relacionado com a negação da atualidade dos dons espirituais e, de uma forma mais específica, a negação da doutrina do falar em outras línguas como a evidência física do Batismo no Espírito. Vejamos, pois, como corrigir esse desvio doutrinário.


I. O PENTECOSTES BÍBLICO

1. O Espírito prometido. O Antigo Testamento mostra a ação do Espírito Santo em diferentes momentos e sobre a vida de diferentes pessoas. Assim vemos o Espírito do Senhor agindo sobre a Criação (Gn 1.2); na vida de Bezalel (Êx 31.2,3); Gideão (Jz 6.34); Jefté (Jz 11.29) etc. Na Antiga Aliança há uma excepcionalidade da ação do Espírito de Deus. De uma forma mais específica, o Espírito de Deus sob o Antigo Pacto atuava sobre a vida de pessoas escolhidas para obras especiais; dos sacerdotes, reis e profetas (Êx 28.41; 1Sm 16.14; 1Rs 19.16). Assim se observa uma ação mais restrita do Espírito de Deus na Antiga Aliança. Contudo, no Antigo Testamento, havia uma promessa do derramamento do Espírito de Deus sobre todos, e não apenas sobre pessoas escolhidas ou uma classe especial (Ez 36.26,27; Jr 31.31-34; Jl 2.28).

2. O Espírito derramado. No Novo Testamento, entretanto, é que as promessas a respeito da vinda do Espírito Santo têm cumprimento. O profeta Joel profetizou a vinda do Espírito de uma forma copiosa (Jl 2.28). Essa promessa teve seu fiel cumprimento no Dia de Pentecostes e é identificada como o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-4). No Pentecostes observamos que o Espírito é derramado sobre toda a carne, sem distinção de sexo, raça ou idade. Isso mostra a universalização da promessa de Deus. Todos os que creem, e não apenas alguns escolhidos, podem ser revestidos pelo Espírito Santo. Diferentemente do Antigo Pacto, no qual apenas pessoas especiais tinham o privilégio de serem usadas por Deus; no Novo Pacto, a partir de Pentecostes, Deus derramou o seu Espírito sobre todo o seu povo. Agora todos poderiam cumprir a missão de proclamar a mensagem de seu Reino.


II. O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA

1. A atualidade dos dons espirituais. Agostinho de Hipona (354-430) introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado. No entendimento dele, os dons, de fato, existiram, contudo, haviam sido restritos ao período apostólico. Esse ensino moldou o catolicismo medieval e, mesmo com o advento da grande Reforma luterana, os reformadores não conseguiram se desvencilhar dele. O Movimento Pentecostal surge posteriormente como resposta a esse desvio doutrinário. Os Pentecostais não somente creem que os dons estão vigentes na Igreja como os exercem. Nossa igreja emerge na história dessa gigantesca explosão do reavivamento dos dons espirituais. Na sua Declaração de Verdades Fundamentais de 1916, as Assembleias de Deus confessavam que todos os crentes têm o direito e devem sinceramente buscar a promessa do Pai, o Batismo no Espírito Santo e com fogo. Afirma ainda que com o Batismo no Espírito Santo vem o revestimento de poder para a vida e serviço, a concessão dos dons e seus usos no trabalho do ministério (Lc 24.49; At 1.4,8; 1Co 12.1-31). E que essa experiência maravilhosa é distinta e subsequente à experiência do novo nascimento (At 10.44-46; 11.14-16; 15.7-9).

2. As línguas como evidência. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus de 1916 afirma que: “O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar (At 2.4). O falar em línguas neste caso é o mesmo em essência que o dom de línguas (1Co 12.4-10,28), mas diferente em propósito e uso”. Nenhum pentecostal da primeira geração tinha dúvida quanto a isso. Tanto William H. Durham, bem como Gunnar Vingren e Daniel Berg, pentecostais da primeira geração, criam e pregavam com convicção essa doutrina. Contudo, nos dias atuais esse ensino tem dado sinais de enfraquecimento. Isso por conta de ensinamentos sutis que negam a doutrina das línguas como evidência inicial do poderoso batismo pentecostal. A sutileza está em dizer que o falar em outras línguas, de fato, existe, contudo, não é para todos. Esse desvio doutrinário tira a convicção do crente de que esse dom seja para ele. Na dúvida, ninguém recebe nada (Tg 1.6-8). No entanto, a doutrina das línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito é inegociável.


III. MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA

1. Fidelidade às Escrituras. Uma marca distintiva dos pentecostais clássicos ou históricos era seu amor e fidelidade às Escrituras (cf. At 2.42). Já foi dito que o Movimento Pentecostal surgiu em um contexto de reação ao Liberalismo Teológico. Uma das características do liberalismo teológico era o secularismo que negava a infalibilidade e inerrância das Escrituras. Para os pentecostais, a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus. Sem dúvida o afrouxamento doutrinário e a consequente negação da atualidade dos dons Espirituais são marcas que mostram que segmentos do Movimento Pentecostal contemporâneo estão se distanciando da Palavra de Deus. Todo desvio doutrinário, bem como toda heresia, existem por conta da negação ou acréscimo de alguma coisa às Escrituras. Como dizia certo teólogo, as Escrituras não precisam de penduricalhos. Precisamos voltar às Escrituras.

2. Exercício dos dons espirituais. Como nos dias do profeta Samuel em que “as visões não eram frequentes” (1Sm 3.1 — NAA), assim também os “dons espirituais” parecem ter se tornado algo extremamente raro entre muitos pentecostais. Não existe Movimento Pentecostal autêntico sem a prática dos dons espirituais. O Movimento não pode existir somente como uma doutrina árida, ele deve se expressar no dia a dia através do exercício dos dons espirituais. O medo de possíveis abusos não serve como desculpa. Não podemos rejeitar as verdadeiras manifestações do Espírito por temer as falsas.


CONCLUSÃO

Nesta lição vimos que o Movimento Pentecostal possui sólida fundamentação Bíblica. Vimos também que, como um movimento do Espírito, o pentecostalismo está inserido dentro de certo contexto histórico. Isso o fez consciente de sua missão. Contudo, após um século do seu advento, o movimento passou a dar sinais de esfriamento. Não há dúvida de que o enfraquecimento doutrinário, e até mesmo desvios teológicos que negam a manifestação dos dons espirituais, está na gênese desse processo.

 

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