AD Içara - EBD: Lição 13 - A verdadeira identidade do cristão - 2º Trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 13 - A verdadeira identidade do cristão - 2º Trimestre 2022

https://www.adicara.com.br/adm/artigos/imagens/165607864062b5c1304c777.jpg

INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição a respeito do Sermão do Monte. Em sua mensagem conclusiva, Nosso Senhor mostra aos discípulos que eles devem fazer a diferença no mundo. Nesta lição, veremos que essa diferença não pode ser só de palavras, mas principalmente no modo de viver. É preciso ouvir e praticar o que Jesus ensinou. Nisto consiste a verdadeira identidade dos discípulos de Jesus.

 

I. A CONDENAÇÃO DOS FALSOS SEGUIDORES DE JESUS

1. Uma fé só de palavras? Em Mateus 7.1, o texto diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!”. Esse texto mostra que, no Reino de Deus, apenas expressar palavras em seu nome não basta, mas é preciso colocar em prática o que se diz. Por isso, o apóstolo Paulo escreve que o Reino de Deus não consiste só em palavras, mas principalmente em virtude (1Co 4.20). O apóstolo João ensina que não devemos amar só de palavras, mas por obra e em verdade (1Jo 3.18). É claro que o Senhor Jesus não rejeita a confissão verbal e sincera, quando esta resulta de um coração transformado (Rm 10.9,10). Sim, a fé cristã também é confissão. Entretanto, para que essa confissão seja autenticamente cristã tem de ser genuína e sincera, provada pelas verdadeiras ações submetidas ao senhorio do nosso Salvador.

2. Os milagres não transformam o caráter. O versículo 23 do capítulo 7 revela a justificativa dos impenitentes a respeito dos milagres que fizeram em nome de Jesus. Infelizmente, muitos pensam que realizar grandes milagres, ou desenvolver grandes ministérios em nome de Cristo é a prova de fazer a vontade de Deus. Nosso Senhor, quando do seu ministério terreno, nunca se impressionou com as lisonjas humanas (Lc 11.27,28). A Bíblia rechaça a falsa piedade (Tg 2.18-20). Aqui, o ensino do Senhor Jesus mostra que a pregação, os milagres e maravilhas realizados em seu nome não são provas cabais de um verdadeiro discípulo de Cristo. Nosso Senhor mostra que haverá condenação para os falsos seguidores de Jesus, pois eles serão desmascarados e não entrarão no Reino de Deus (Mt 25.31-46). Sejamos, pois, cuidadosos quanto a movimentos que dão ênfase apenas em milagres e maravilhas, mas não cuidam do desenvolvimento do caráter cristão (Gl 5.22-24).

3. Fazendo a vontade do Pai. O verdadeiro discípulo de Cristo é o que vive em total obediência a Deus, fazendo sua vontade: “[…] Mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21). Do grego thelêma, a palavra vontade significa uma determinação, escolha ativa, ou passiva, inclinação (desejo, prazer, vontade). Fazer a vontade do Pai é obedecer com determinação aos seus preceitos, a sua Palavra. Jesus é o nosso grande modelo de fazer a vontade de Deus, Ele fez isso em tudo, sempre obediente. Essa é também uma condição que Deus nos exige para entrar em seu Reino. Nesse sentido, todos quantos querem fazer a vontade de Deus procuram fugir do pecado. Por isso devemos orar a Deus assim: “Seja feita a tua vontade” (Mt 6.10 cf. 26.39-42; Sl 103.20,21). É a vontade do Pai que o Espírito Santo produza o verdadeiro caráter de Cristo em nós. Portanto, oremos como o salmista: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano” (Sl 143.10).

 

II. EM QUEM ESTAMOS ALICERÇADOS?

1. O alicerce começa pelo ouvir. Para ser um verdadeiro discípulo de Cristo é preciso ouvir a sua Palavra (Mt 7.24). Suas palavras são eternas, espírito e vida (Jo 6.33,68). Por meio delas, o interior do ser humano é transformado verdadeiramente. Atente para a expressão “minhas palavras” (Mt 7.24). No grego, a palavra é logos, mas, no texto, ela se encontra no genitivo (um modo da gramática grega) cuja ideia central é de posse. Não é qualquer palavra que devemos ouvir, mas a de Jesus. Essa palavra é poderosa, é o logos, conforme a linguagem de João, Jesus Cristo é a essencial Palavra de Deus, a sabedoria perfeita unida ao Pai (Jo 1.1; Cl 1.17; 1Jo 1.1). Assim, os que querem construir a sua casa espiritual precisam começar a ouvir o que o grande engenheiro da eternidade disse. Ele é o alicerce de nossa edificação espiritual (Sl 127.1).

2. A importância do bom alicerce. Os que lidam com a construção civil sabem o quanto é importante a construção dos alicerces. Quando se ergue um edifício com os alicerces mal estruturados, a ruína é certa. De início, todo investimento pesado deve ser nas bases. Por isso, pedagogicamente, ao concluir o Sermão do Monte, Jesus toma as figuras dos dois construtores e dois alicerces: um prudente, que edifica na rocha; outro insensato, que edifica na areia (Mt 7.24-27). As duas palavras gregas, ambas substantivos femininos, que aparecem no texto, é petra e amnos. Petra significa penhasco ou cordilheira de pedra, rocha projetada, solo rochoso, grande pedra, traz o aspecto metafórico de firmeza, fortaleza; amnos significa areia, terra arenosa, areia movediça, que metaforicamente quer dizer fraco, sem estabilidade. Logo, quem constrói seus alicerces sobre a rocha está firme, estabilizado; mas quem constrói sobre a areia está fragilizado, instável.

Quem edifica na rocha está firmado para suportar os revezes da vida; ainda que os ventos enfurecidos soprem, vindo de todas as direções, nada a abalará a fé. Todavia, para a casa edificada na areia, que expressa indecisão, dúvida, negação, a queda é certa. Sigamos o conselho de Paulo: “[…] veja cada um como edifica sobre ele [o fundamento]” (1Co 3.10).

3. A relevância do praticar. Escutar e praticar as palavras de Cristo são as provas de que o discípulo está pronto para viver em plena obediência a Deus. Ao que ouve e pratica (Mt 7.24,26), o Senhor Jesus o chamou de construtor prudente, do grego, phronimos, que aparece como adjetivo e quer dizer inteligente, sábio; pois a pessoa prudente não fundamentou a sua vida nos efêmeros postulados humanos, mas na grande rocha eterna, o Senhor Jesus. Já o segundo construtor é descrito como insensato, pois ouve, mas não pratica os ensinos do Mestre. Aqui, do grego môros, aparece como adjetivo tolo, ímpio, incrédulo, motivo pelo qual os que são assim, não atentam para as palavras de Jesus. Assim, percebemos dois tipos de pessoas nesta seção bíblica em estudo: o prudente e o insensato. O prudente procura agir corretamente de acordo com o que ouviu. O insensato ouve, mas despreza o ensino de Cristo, não o põe em prática. Com que tipo de pessoa do Sermão do Monte você mais se identifica? Sobre qual fundamento você tem edificado? Na rocha ou na areia?

 

III. JESUS: A NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE

1. Jesus, nosso maior pregador. Muitos filósofos, cientistas e pessoas esotéricas gostam do pregador do Sermão do Monte. Os não religiosos veem Jesus como um ser iluminado, um grande mestre que não prega dogmas, não exige moralismos dos seres humanos, mas apenas ensina o amor, as boas virtudes, a moral. Para eles, esse seria o Jesus de Nazaré original. Apesar de belíssimas as mensagens de Jesus ensinadas no Sermão do Monte, não podemos isolá-las de todo o Novo Testamento. Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus como um pregador que chama pecadores ao arrependimento e para nascer de novo a fim de entrar no seu Reino (Mt 4.17; Jo 3.3). Assim, o Sermão do Monte não apresenta um mestre meramente humano, mas o Filho de Deus que nos trouxe salvação, o qual devemos imitá-lo em toda a nossa vida (1Co 11.1; Ef 5.1; 1Ts 1.6).

2. A autoridade do ensino de Cristo. Quando o Senhor concluiu o ensinamento do Sermão do Monte, a multidão estava admirada, assombrada, maravilhada com o que acabara de ouvir. Ela via que o nosso Senhor ensinava com autoridade. Essa autoridade vinha diretamente do Pai (Jo 10.18; 17.2). Após ressuscitar, o Senhor Jesus disse: “Toda autoridade me foi dada” (Mt 28.18 — NAA). Isso deixa claro que o ensino de Jesus não é humano, mas divino e poderoso (Mt 5.18,20,22). Assim, somos chamados pela Palavra de Deus a reconhecer que a nossa autoridade para pregar, evangelizar e ensinar vem do Senhor Jesus, pois sua Palavra é viva e eficaz (Hb 4.12).

3. Jesus como nossa identidade. Numa perspectiva a respeito da doutrina das Últimas Coisas, o apóstolo João disse que quando o Senhor Jesus se manifestar, o veremos e seremos semelhantes a Ele (1Jo 3.2). Entretanto, para chegarmos lá, é preciso andar como “filhos de Deus” agora, desenvolvendo as beatitudes ensinadas por Jesus, sendo sal e luz neste mundo, priorizando a justiça de Deus, vivendo o amor de Cristo, orando, jejuando, ofertando de maneira sincera. Assim, vamos nos identificando cada vez mais com Jesus e formando a nossa verdadeira identidade. Portanto, somos chamados a entrar pela porta estreita, produzir frutos verdadeiros, rejeitar o formalismo e procurar fazer a vontade de Deus com verdade. Essa tem sido a sua identidade?

 

CONCLUSÃO

O ensinamento do Sermão do Monte é para ser posto em prática, não apenas para ser admirado ou debatido. A sua preciosidade só pode ser provada verdadeiramente quando praticamos o que o sermão nos ensina. Então veremos o quanto a virtude do Reino de Deus tem um padrão elevado e celestial. Sua ética não é deste mundo, mas do céu. Para vivê-la é preciso ter o caráter transformado a fim de que, com o nosso viver, glorifiquemos a Deus.

Conduzidos pelo Espírito Santo

Temática AD Içara 2024

CONHEÇA! Primeira visita Nossa missão Nosso pastor

Contribua com a Ad Içara

Clique Aqui

Sobre Nós

Somos a Igreja Evangélica Assembleia de Deus da cidade de Içara.

Nossa missão é levar o evangelho de Salvação, cumprindo o Ide de Cristo.

contato@adicara.com.br  |  (48) 3432.4991  |  Whats'app
Templo Sede: Rua Coronel Marcos Rovaris, 1319 - Centro - Içara - Santa Catarina

Se Inscreva

Cadastre seu e-mail e receba as novidades de nossa igreja:

Quer conversar?

Nós estamos muito interessados no que você tem a dizer, criamos este espaço especialmente para você fazer seus comentários ou sugestões.