AD Içara - EBD: Lição 4: A estrutura da Bíblia - 1º trimestre 2022 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 4: A estrutura da Bíblia - 1º trimestre 2022

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INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada foi escrita majoritariamente em hebraico e grego, em um período aproximado de 1.600 anos, por cerca de 40 homens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamentos. Seus livros são divinamente inspirados e formam o cânon bíblico. Nesta lição, veremos como a Bíblia está organizada, a classificação de seus livros, a canonicidade e as particularidades dos Testamentos.

 

I. COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

1. Definição do termo Bíblia. A palavra “Bíblia” tem origem tanto no vocábulo grego como no latim. O termo grego biblos significa “livro” e tem conotação de qualidade sagrada. A palavra biblia no latim é um substantivo feminino singular que igualmente exprime a ideia de “livro”. Por volta do ano 150 d.C., os cristãos passaram a usar o termo em grego ta biblia (os livros) para referir-se ao conjunto de livros inspirados por Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica que o singular biblia em latim revela uma unidade de pensamento e uma pureza. Por isso, a coleção dos livros sagrados forma um único livro: a Bíblia Sagrada, chamada também por Paulo de “as Santas Escrituras” (Rm 1.2).

2. O Cânon da Bíblia. A expressão “cânon” procede do hebraico qãneh com o sentido de “vara de medir”. O termo correspondente em grego é kanõn que significa “régua”. Desse modo, na teologia o vocábulo “cânon” é empregado como “norma” de avaliação para identificar os livros sagrados. Em vista disso, o termo “canônico” passou a designar os 66 livros aceitos como divinamente inspirados (39 livros no A.T. e 27 no N.T.). Isso quer dizer que o Espírito Santo guiou o seu povo a reconhecer a autoridade desses escritos como regra de fé e prática. Nesse sentido, o cânon bíblico está completo. Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19).

3. Os dois Testamentos bíblicos. O termo “testamento” vem do latim testamentum que é tradução da palavra grega diathēkē e da hebraica berith. Ambos os termos têm o sentido de “aliança”, “pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade. A expressão “Antigo Testamento” foi inaugurada por Paulo (2Co 3.14) e refere-se aos livros dos judeus reconhecidos por Jesus como “as Escrituras” (Mt 22.29), “a Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O termo “Novo Testamento” foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmente reconhecidos como “as Escrituras” (2Pe 3.15,16).

 

II. O ANTIGO TESTAMENTO

1. Os livros do Antigo Testamento. A classificação dos livros do Antigo Testamento, tal qual a conhecemos hoje, se divide nos seguintes grupos: a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio; b) Históricos: formado por 12 livros de Josué a Ester; c) Poéticos: composto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e, d) Proféticos, que se subdividem em Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas Menores com 12 livros de Oseias a Malaquias. A divisão utilizada pelos judeus era tripartida: a) a Lei, b) os Profetas, e, c) os Salmos ou Escritos (Lc 24.44). Apesar de a cultura judaica fazer uma categorização diferente, o conjunto do Antigo Testamento soma os mesmos 39 livros divinamente inspirados, tanto para os judeus como para os cristãos.

2. Canonicidade do Antigo Testamento. Existem três fatores basilares na avaliação de um livro canônico, a saber: a) a inspiração divina, que atesta se o livro é inspirado pelo Espírito Santo (Ne 9.30; Zc 7.12; 2Pe 1.21); b) reconhecimento do povo de Deus, que atesta se o livro era aceito como autêntico por seus primeiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); e c) preservação pelo povo de Deus, que atesta se o livro era conservado como Palavra de Deus (Dt 31.24-26; Dn 9.2). Por conseguinte, a confirmação desses elementos revela que, desde o início, os livros do Antigo Testamento foram recebidos e guardados como inspirados e autorizados por Deus, dotados de veracidade e de autoridade (Jz 3.4).

3. Particularidades do Antigo Testamento. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, chamado na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). Algumas porções foram escritas em aramaico, uma espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf. Gn 31.47; Ed 4.7 — 6.18; 7.12-26; Dn 2.4 — 7.28; Jr 10.11). O último livro canônico foi o do profeta Malaquias que o concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo Testamento. E, conforme o teólogo Norman Geisler, para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testamento foi dividido em versículos.

 

III. O NOVO TESTAMENTO

1. Os livros do Novo Testamento. Esses livros foram reconhecidos pela Igreja após a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e estão classificados em quatro grupos principais: a) Evangelhos, que são os 4 livros de Mateus, Marcos, Lucas e João; b) Histórico, formado pelo livro de Atos dos Apóstolos; c) Epístolas, que se subdividem em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e d) Revelação, constituído pelo livro de Apocalipse. O conjunto totaliza 27 livros inspirados e autorizados que são chamados de canônicos (1Co 2.4,13).

2. Canonicidade do Novo Testamento. Os critérios de avaliação do Novo Testamento são iguais aos que determinam o cânon do Antigo, isto é, a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. Nesse sentido, a Bíblia oferece indiscutíveis provas de inspiração do Novo Testamento (1Ts 2.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos livros como fidedignos, desde o início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2Ts 2.15; 2Pe 2.1; 1Jo 4.1). Em relação à conservação das Escrituras, os primeiros cristãos adotaram a prática de leitura dos livros autorizados em suas reuniões e cultos (1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3). Mediante tais fatos, atesta-se que desde o começo a Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos, alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas (Ef 2.20).

3. Particularidades do Novo Testamento. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, um dialeto comum e presente por toda a cultura de fala grega, e que muito auxiliou na propagação do Evangelho nos primórdios do Cristianismo (At 19.10). Algumas expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aramaico, dentre elas, citamos: Talita cumi — “Menina, levanta-te” (Mc 5.41); Aba Pai — “Lit.: Pai, pai; ‘Meu Pai’” (Mc 14.36); Eloí, Eloí, lamá sabactáni? — “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34). O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do término do século I. O último livro é o Apocalipse de João datado por volta do ano 96 d.C.; e desde o encerramento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados. Por fim, em torno de 1.555 d.C., o Novo Testamento também foi dividido em versículos.

 

CONCLUSÃO

O conjunto dos 66 livros forma um único livro: a Bíblia Sagrada. Esses livros constituem o cânon bíblico do Antigo e do Novo Testamento. Os critérios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A comprovação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus.

 

fonte: estudantes da biblia

 

 

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