Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

LIÇÃO 08 – O exílio de Davi | 24/11/2019

INTRODUÇÃO

Nem sempre as vivências marcadas por situações traumáticas podem ser vistas como negativas. Por vezes, elas servem para tirar as cascas das aparências, a infantilidade, o esquecimento de nós mesmos, a fim de levar-nos à essência real da vida. O exílio fala de expatriação forçada ou livre, isolamento social, solidão. A conotação nem sempre é pejorativa, pois, nas Escrituras Sagradas, o exílio recebeu conotações positivas e negativas.

O exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria identidade será descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua aurora (Pv 4.18). A caverna de Adulão não será apenas o exílio de Davi, mas, sim, o lugar que moldará o seu caráter, preparando-o para uma missão maior: a liderança de Israel.[spacer height="20px"]

I. AS CARACTERÍSTICAS DO EXÍLIO DE DAVI

1. A caverna de Adulão. Lugares, pessoas, situações — tudo serve para o nosso crescimento social e espiritual. Davi deixa o território e vai para uma região que conhecia muito bem: a caverna de Adulão. O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma cidade em suas proximidades. Situada na Sefelá, a planície de Judá, distando de Jerusalém aproximadamente 26 km ao sudoeste e 20 km ao sudeste de Gate. No período dos patriarcas tinha sido uma cidade cananeia (Gn 38.1) e, na época das batalhas de Josué, quando da ocupação da terra, ela foi capturada (Js 12.15). Houve fatos importantes na caverna de Adulão. Ali, ela foi fortificada por Roboão (2Cr 11.7); depois do cativeiro foi reocupada pelos filhos de Judá (Ne 11.30) e sua existência foi comprovada nos dias do profeta Miqueias (1.15). Hoje ela é chamada de Aid-el-Ma.

2. Os exilados da caverna de Adulão. Muitos se dirigiam para ali, a fim de fazer companhia a Davi. Primeiramente, seus irmãos e toda a casa de seu pai, posto que estavam ameaçados pelo rei Saul, devido à ligação com Davi. Outros que foram à procura de Davi na caverna eram os homens que se encontravam em dificuldades. Como Davi conseguiu firmar sua liderança nessas condições?

Na verdade, não foi apenas uma ação sua; todos os que se juntaram a ele estavam ansiosos por uma existência mais favorável. Davi treinou esse grupo, aparentemente sem sucesso; obteve êxito, pois todos ali buscavam uma vida melhor, tinham os mesmos ideais e, sendo assim, mantiveram-se fiéis a Davi, fazendo de tudo pelo seu líder (2Sm 23.8-39).

Os cristãos, como soldados reunidos por Cristo, devem lutar com os mesmos objetivos, não tendo cada um sua própria prioridade, mas a de Cristo (Fp 2.4,21). Se esse for o espírito, Deus dará o sucesso e o crescimento da obra.

3. O simbolismo da caverna de Adulão. Foi ali que os dons de Davi como líder foram postos em prática. Ele treinou e preparou 400 homens para lutar no dia a dia, e não demorou para que esse número subisse a 600. Isto quer dizer que todos quantos vinham ter com ele não eram rejeitados. Davi é o modelo de líder que recebe homens angustiados pela vida, para torná-los capazes para o serviço.

A grande lição de Davi para esses homens é que os que desejassem reinar com ele deveriam aprender a sofrer com ele, visando sempre o Reino de Deus. No simbolismo espiritual, podemos comparar Davi a Cristo. Nosso Senhor se dirigiu aos miseráveis, aos cansados, aos oprimidos, aos amargurados, aos publicanos e aos pecadores, e todos foram transformados pelo seu poder e passaram a fazer parte do seu reino (Mt 11.28,29; Lc 15.1; Mt 22.9,10). Assim, quem deseja reinar com Cristo precisa também sofrer com Ele (2Tm 2.12).[spacer height="20px"]

II. DAVI E O AMOR COM OS PAIS

1. Protegendo seus pais. Davi não é conhecido apenas como um grande líder, mas também como um bom filho. Ele teve todo um cuidado especial para com os seus pais. Foi até Moabe, porque sabia que eles precisavam de um lugar seguro para habitar e, desse modo, estava se afastando dos territórios de Saul. Há um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos escritores afirmam que isso se deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita de Jessé, pai de Davi.

A inclusão de Mispa deve-se ao fato de ser esta a cidade real de Moabe; sua citação está restrita aqui e o seu significado é “torre de vigília”; deixando seus pais em segurança, uma expressão grandiosa sai dos lábios de Davi: “Até que saiba o que Deus há de fazer de mim”. Davi ama a Deus, tinha grande amor e carinho pelo seus pais, e não se descuidava de seus companheiros de luta.

Os filhos, principalmente durante a velhice dos pais, devem honrá-los em tudo, a despeito das lutas e crises que estiverem enfrentando (Sl 127.3). Davi não chegou ao trono apenas porque sabia cuidar dos outros, nem porque era um bom guerreiro, mas, também, porque era um bom filho.

2. A recompensa bíblica para os filhos obedientes. Desde o Antigo Testamento, a ênfase é que Deus abençoa sempre os filhos obedientes, pois é o primeiro mandamento com promessa (Êx 20.12; Dt 5.16). Esse ensino foi ministrado por Paulo (Ef 6.2,3). Nosso Senhor manifestou-se contra os filhos que não cuidavam dos seus pais (Mt 15.5-7). Tais filhos simulada e mentirosamente dedicavam a Deus todos os seus bens, para não honrarem nem sustentarem os seus pais, quebrando, assim, o mandamento.

Os filhos devem aprender a serem gratos aos seus pais em tudo, dando-lhes honra, dignidade e cuidados materiais. Isso é mandamento de Deus![spacer height="20px"]

III. MORRENDO POR DAVI 

1. A inconsistência de Saul. Saul não teve nenhuma caverna para forjar sua vida, não lidou com situações conflitantes, tinha apenas aparência de líder, mas não era um homem segundo o coração de Deus. Os homens que estavam com Saul, ainda que não vivessem as mesmas condições dos que estavam com Davi, não se sentiam tranquilos, pois ele suspeitava da lealdade de todos, inclusive a de seu filho.

Saul orgulhava-se de ter dado honras à tribo de Benjamim, presentes e posições na liderança; algo que Davi, filho de Jessé, jamais faria. Saul não sabia que lealdade não se compra com presentes, dinheiro, mas nasce naturalmente pela sinceridade, verdade e caráter de um líder genuíno. Só os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de lealdade, se inquietam com os que podem “representar risco” à sua posição.

Quando os líderes são verdadeiramente chamados por Deus é maravilhoso que as pessoas os honrem e os considerem como homens de Deus. O escritor aos hebreus fala da necessidade de se considerar os líderes (Hb 13.7).

2. O preço de proteger Davi. Saul convocou Aimeleque e seus sacerdotes para que se apresentassem em Gibeá. Não houve da parte de Aimeleque reação nervosa; ele se declara limpo, pois tinha consciência de que apenas ajudara Davi por tê-lo em grande consideração e por saber que era um soldado da confiança de Saul, aliás, da família real, genro do rei. Apesar dessa declaração sincera, Saul considerou-a um ato de traição, pois Aimeleque havia ajudado Davi, não informando ao rei os seus movimentos. Assim, ele e seus companheiros deveriam morrer.

Houve uma recusa dos soldados em atacar os sacerdotes, os ungidos de Deus. Foi alguém de fora, um edomita chamado Doegue, que cometeu esse crime brutal. Observe o disparate de Saul: Deus ordenou que ele matasse os amalequitas e não o fez; mas agora extermina prontamente a família de sacerdotes, sem piedade alguma. Apenas um filho de Aimeleque, Abiatar, sobreviveu, salvou o éfode santo e foi ter com Davi (1Sm 23.6). A amizade entre Davi e Abiatar foi duradoura, ao longo de todo o seu reinado (1Rs 2.26,27), pois a família de Abiatar morreu para proteger Davi.

3. A sina de Doegue. Alguns estudiosos acreditam que o Salmo 52 foi pronunciado por Davi predizendo o destino de Doegue. Davi inicia o salmo mostrando que o ímpio ama a malícia e despreza a bondade de Deus. O caráter do ímpio é descrito pelo salmista assim: a) sua língua intenta o mal (Pv 10.31); b) traça enganos (Jó 15.35); c) despreza o bem e ama o mal (Jr 9.4-5); d) não é reto no seu falar.

Tudo indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante; sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração perverso. Por vezes, o ímpio se mostra perante as pessoas deste mundo com o espírito de grandeza, soberba; busca sempre ser reconhecido e se apresenta como poderoso; suas obras são perversas.

O salmista deixa claro que Deus punirá esse ímpio arrogante. Note que isso será feito de modo poderoso e pode ser visto pela presença dos seguintes verbos bíblicos: destruir, arrancar, arrebatar, desarraigar. O ímpio pecador será varrido da face da terra.[spacer height="20px"]

CONCLUSÃO

Deus usa instrumentos falhos para fazer a sua obra nesta terra, como disse Paulo em 1 Coríntios 1.28: “E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são”. Antes, porém, esses instrumentos devem ser trabalhados, forjados pelo auxílio do Espírito Santo, a fim de que sejam vasos de honra no trabalho do Senhor.

Fonte: www.estudantesdabiblia.com.br

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