Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

LIÇÃO 07 – Davi é ungido Rei | 17/11/2019

INTRODUÇÃO

O conceito de unção é do Antigo Testamento; destinava-se a sacerdotes e reis, para que estes exercessem com êxito suas funções e ministérios (Êx 40.13-15; 1Sm 9.16); profetas também eram ocasionalmente ungidos, segundo a determinação divina (1Rs 19.16). Nesta lição, veremos que a temática da unção de Davi é um clássico bíblico, pois ela trata da capacitação de servos de Deus para desempenharem funções na obra divina. A unção do rei Davi, por intermédio de Samuel, é uma declaração da escolha divina para cumprir seus propósitos.[spacer height="20px"]

I. DAVI: O REI UNGIDO

1. Significado e propósito da unção. No hebraico, há duas palavras para unção — suk e mashah. A palavra suk aponta para a unção com o óleo sobre o corpo ou a cabeça de um convidado (Dt 28.40; Rt 3.3). A palavra grega que corresponde ao hebraico suk é aleipho (Lc 7.38,46), que pode referir-se ao ato de ungir os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14). Quanto à palavra mashah, a ideia é a de cobrir ou untar. Dela deriva o substantivo mashiah (Messias).

A palavra grega chrio se relaciona com mashah, daí o nome “Cristo”. No Antigo Testamento, a palavra preferível para a prática da unção religiosa é mashah: unção de pedra (Gn 31.13); dos sacerdotes (Êx 28.41; 29.7,36), dos reis (1Sm 9.16), dos profetas (1Rs 19.16) e de objetos diversos (Êx 30.26-28).

Nesse sentido, o ato da unção busca mostrar que a pessoa ou o objeto ungido fora especialmente separado para o serviço de Deus, tornando-se assim, intocável (1Sm 24.6).

2. O simbolismo da unção. Como um ato ordenado por Deus, a unção passou a simbolizar o derramamento do Espírito do Senhor (1Sm 10.9; Is 61.1). O termo mashah do Antigo Testamento, que no Novo é chrio, refere-se à unção do Messias que viria (Sl 45.7; Dn 9.24). Assim, o Novo Testamento mostra que essa unção estava sobre Jesus (Lc 4.18). Pedro fez menção dessa unção sobre o Filho de Deus (At 10.38); e Paulo descreveu essa mesma unção sobre os cristãos (2Co 1.21,22).

A unção no Antigo Testamento destinava-se à separação de alguém para algum ofício. No Novo Testamento, está relacionada a Cristo, como Filho de Deus e Salvador do Mundo, e aos cristãos, no sentido de dotar-nos de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1Jo 2.20,27). A verdadeira unção é ordeira, decente e tem como alvo a glória divina e a expansão do Reino de Deus.

3. A unção sobre Davi. Alguns detalhes importantes cercam 1 Samuel 16.1-13 por ocasião da unção de Davi por Samuel. O autor sagrado destaca o sentimento humano de Samuel, o qual gostava muito de Saul, mas o profeta estava no querer de Deus. Devido a seus pecados, Saul não poderia continuar como rei. Então Deus busca na casa de Jessé, o belemita, neto de Boaz e Rute, um de seus filhos para reinar (Rt 4.17).

Conhecendo bem Saul, Samuel tinha consciência de que a missão de ungir um novo rei seria difícil. Por isso, ele foi orientado por Deus a fazer um banquete e um sacrifício naquela região. Como representante de Deus, muitos o temeram, mas Samuel relatou que sua ida era de paz.

Os filhos de Jessé passaram diante do profeta, mas nenhum deles foi escolhido, embora Samuel se impressionasse com a postura e aparência dos jovens. Entretanto, um estava ausente, cuidando dos haveres da família. Davi foi ungido em meio aos seus irmãos e, a partir daí, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi, concedendo-lhe sabedoria, poder, orientação, para que pudesse cumprir os propósitos divinos.[spacer height="20px"]

II. DAVI: O REI QUE ERA SERVO 

1. O ungido servindo. A unção de Deus não tira a nossa atitude de servos. Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono. Sua atitude de servo foi estratégica, para que Deus o colocasse na corte de Saul, local de onde os planos divinos seriam executados. No relato do encontro de Davi com Saul, deve-se entender que tais acontecimentos não se seguem em ordem cronológica. Todavia, o mais importante é vislumbrar a promessa divina em curso, pois Davi crescia enquanto Saul decrescia.

2. O Espírito do Senhor se retira de Saul. O Espírito de Deus se afastou de Saul. Este, por sua vez, passou a ser assombrado por um espírito mau que ali estava por expressa permissão do Senhor. Para acalmar essa profunda melancolia na alma, o servo Davi foi convidado e levado à corte pela graça de Deus e por suas virtudes: tinha boa aparência, talento, capacidade de aprender e compreender as coisas; era bom guerreiro e o Senhor era com Ele (1Sm 16.18).

3. Deus levanta autoridades. Davi esteve muito tempo com Saul, mas em momento algum relatou a unção de Samuel sobre sua vida; ou tentou aproveitar-se da vulnerabilidade do rei para matá-lo e assumir o reinado; antes, participou de lutas em seu favor. Só no momento certo é que foi aclamado rei. É Deus que levanta e dá a autoridade.

Deus pode levar crentes a grandes postos. Entretanto, é preciso aprender a servir, ter atitude de servo, pois foi esse o exemplo que Jesus nos deixou: servir a todos (Mc 10.45; Fp 2.7).[spacer height="20px"]

III. DAVI: O REI QUE ERA GUERREIRO 

1. O gigante Golias. Depois de ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias. Tendo este aproximadamente três metros de altura, era um sobrevivente da raça dos gigantes anaquins, um remanescente que se refugiou em Gaza, Asdode, na ocasião da execução feita por Josué, das montanhas de Judá (Js 11.21,22).

Esse gigante tinha uma couraça feita de metal em escama que lhe guardava todo o corpo; todas as armas de defesa desse guerreiro eram de bronze e as de ataque, de ferro. O desafio de Golias era que fosse separado apenas um homem para decidir o conflito — esse tipo de luta era comum.

O silêncio de Saul e a apatia do povo eram resultado do afastamento do Espírito Santo de Deus.

2. Davi, ungido e cheio de fé. Davi continuava sua missão de servo: ele não ficava permanentemente na casa de Saul, mas sempre voltava para a casa de seu pai, ficando a cuidar das ovelhas. Davi era jovem e não estava pronto para a guerra — isso aos olhos dos homens. Mas Deus usou essa impossibilidade, para fazer a apresentação do futuro rei de Israel, o seu escolhido.

O pai de Davi envia-o ao acampamento para dar provisão aos seus irmãos e, ali, ele viu a afronta do gigante, que já vinha desafiando o povo de Deus há 40 dias. Mesmo com sua proposta, Saul não encontrou alguém que estivesse pronto a enfrentá-lo. Davi perguntou para alguém o que seria dado àquele que matasse o filisteu e tirasse a afronta de sobre Israel, o qual relatou os prêmios: grandes riquezas, a filha do rei como esposa e isenção de impostos (1Sm 17.25-27).

Quando chamado por Saul, Davi contou suas experiências em lutar contra o urso e o leão, para proteger o rebanho de seu pai, e da mesma forma ele protegeria o rebanho do Deus vivo das ameaças de Golias. Quem é ungido e confia no poder Deus não teme o inimigo, por mais feroz que este se apresente, antes, entra na batalha confiante, sabendo que podemos vencer (2Co 1.10; 2Tm 4.17,18).

3. As armas do garoto. Davi atribui a vitória que obteve sobre o urso e o leão não à sua habilidade, mas a Deus. Sendo assim, sua base para lutar contra Golias é a fé em Deus. Saul tentou preparar humanamente Davi para a guerra, pondo nele as suas armas, sem sucesso. O garoto as deixou de lado, e tomou seu cajado, sua funda e cinco pedras. O cajado era usado para ajudar na caminhada e enxotar os cães ferozes; a funda era usada por pastores e, para quem soubesse fazer bom uso, ela se tornava uma arma perigosa, como no caso dos benjamitas (Jz 20.16).

Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, que caiu atordoado. Prontamente Davi toma dele a espada e lhe corta a cabeça. O garoto venceu essa batalha porque confiou em Deus e dependeu exclusivamente da armadura divina, e não das armas de Saul, que são uma referência aos recursos apenas humanos. O cristão que deseja ser vitorioso contra as forças de Satanás precisa se revestir da armadura de Deus (Ef 6.13-17).

4. O contraste entre Davi e Golias. Humanamente, era impossível Davi vencer Golias, visto que este era um gigante, e Davi, um jovem comum; mas todo o diferencial estava na unção que Davi recebera e a fé que tinha em Deus. Paulo disse que o cristão anda por fé, não por vista (2Co 5.7).

Enquanto todos temem o desafio do gigante, Davi responde com segurança por confiar no Senhor. Ele não entraria nesse combate com os ideais de Golias, que buscava manter sua fama de grande guerreiro, um campeão de batalhas; pelo contrário, todas as vezes que era necessário lutar, Davi procurava saber a orientação do Senhor, pois ele não guerreava suas guerras, mas sim as de Deus (1Sm 22.10; 23.2,4,10; 30.8; 2Sm 2.1), pois seu propósito era exaltar o nome do Altíssimo.

Nossas batalhas não devem ser pela busca de nossa glória, honra ou destaque pessoal, mas pela glória de Deus (Rm 11.36).[spacer height="20px"]

CONCLUSÃO

Deus procura homens e mulheres para entregar-lhes grandes responsabilidades. Ele não conta somente com a posição física, social, intelectual de alguém, mas para sua condição espiritual, por isso Ele olha o coração do ser humano, e não somente o exterior. Foi dentre os filhos de Jessé que Deus serviu-se de um servo, segundo o seu coração (1Sm 13.14).

Deus unge e separa pessoas humildes para sua obra, que estejam prontas para viver pela fé e que não temam enfrentar o inimigo.

Fonte: www.estudantesdabiblia.com.br

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