INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a dieta e os dias sagrados são sombras das coisas futuras (Cl 2.17). O autor aos Hebreus reafirma que a lei era a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição, podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do Tabernáculo Celestial. E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.[spacer height="20px"]
I. O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento. O ministério do Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra sacerdote não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único mediador entre nós e o Pai Celeste.
2. O sacerdócio coletivo dos cristãos. Por outro lado, segundo o ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do sacerdócio real (1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifícios espirituais (1Tm 2.5; 1Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1Pe 2.9).
Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém (Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante e ao Movimento Pentecostal.
3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu. Atente, querido irmão, para o seguinte versículo: Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem (Hb 8.1,2).
Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).[spacer height="20px"]
II. O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo. Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a respeito da pedra que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a pedra. Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo Sacerdote.
2. Distinguindo a pedra, que é Cristo, de pedras vivas que são os crentes. Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas edificadas sobre a Pedra Angular Jesus, o Cordeiro de Deus.
Essa metáfora bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes. Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um templo espiritual. E cada pedra viva constitui esse edifício.
Por isso, você é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito. Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da graça.[spacer height="20px"]
III. O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre. No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).
2. O santuário celestial. Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.
3. O sacrifício perfeito de Cristo. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício!
Diferentemente do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A Bíblia declara que Nosso Senhor, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb 9.26). Que mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora![spacer height="20px"]
CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).