AD Içara - EBD: Lição 1: O mundo do apóstolo Paulo - 4º Trimestre 2021 Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 1: O mundo do apóstolo Paulo - 4º Trimestre 2021

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INTRODUÇÃO

O assunto deste trimestre é a vida do apóstolo Paulo. Para compreendê-lo melhor, veremos como era o mundo que o apóstolo atuava. Por isso, o texto áureo desta lição apresenta como Paulo foi vocacionado para levar o nome de Jesus diante dos gentios (At 9.15).

 

I. O MUNDO DE PAULO NO IMPÉRIO ROMANO

1. Entendendo a origem de Paulo. Há poucas informações concretas acerca da vida cronológica de Paulo, como sua data de nascimento, formação cultural e religiosa. Geograficamente, Paulo (nome romano) era natural de Tarso, capital da Cilícia, que ficava às margens do rio Cydnus, na Ásia Menor. Sobre o seu nascimento, não temos data precisa. Talvez tenha ocorrido no ano 5 a.C. Dessa forma, quando o nosso Senhor foi crucificado, Paulo poderia ter entre 30 e 35 anos de idade.

2. A geografia do mundo de Paulo. Geograficamente, o mundo gentílico estava sob o domínio do Império Romano. Naqueles dias, entre o ano 33 e 35 d.C., o imperador era Tibério. A dimensão geográfica do Império Romano permitia excelentes possibilidades de viagens missionárias. Segundo informes da história, a malha viária abrangia em torno de 300 mil quilômetros, sendo que 90 mil quilômetros apresentavam condições excelentes para viajar. As estradas do império, bem como as vias marítimas, foram de grande importância para a expansão da fé cristã. Pelo Espírito Santo, o apóstolo percebeu as oportunidades incríveis para a disseminação do Evangelho no império. Ele usou todos os meios possíveis de transporte da época, inclusive navios pelas vias marítimas, nas quais sofreu naufrágios e enfermidades. Assim, a geografia do mundo paulino tem papel essencial para a plantação das primeiras igrejas. Por isso, devemos pensar nas oportunidades que Deus nos dá para a eficiência da evangelização urbana e do campo.

3. Paulo, chamado para os gentios. Atos 9 mostra que, em sua infinita sabedoria e presciência, Deus separou Paulo e o chamou a partir de uma experiência espiritual impressionante, bem diferente dos demais apóstolos, para levar o nome de Jesus ao mundo gentílico (At 9.15). Ele soube que seu apostolado não se daria em Jerusalém, que já tinha Pedro, Tiago (o irmão do Senhor) e João, além dos outros apóstolos que ainda não haviam se espalhado pelo mundo. Por isso, Atos 26 menciona o testemunho pessoal do apóstolo perante o rei Agripa: “Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para pôr por ministro e testemunha […] dos gentios, a quem agora te envio” (26.16,17). Enquanto os apóstolos de Cristo restringiam-se a anunciar Jesus aos judeus, nosso Senhor convocava Paulo, de maneira dramática, para ser “apóstolo entre os gentios” (Rm 1.1; 1Co 1.1; Ef 1.1). Nosso Senhor continua a chamar pessoas para um ministério. Precisamos estar sensíveis à voz do Espírito Santo a nos chamar.

 

II. O MUNDO CULTURAL DE PAULO

1. A língua mundial daqueles dias era o grego. Para o povo judeu, o hebraico e o aramaico eram línguas nativas. Entretanto, apesar de a Palestina e todos os demais países do médio-oriente estarem sob a autoridade do Império Romano, prevaleceu a língua do grego koinê, possibilitada pela infraestrutura de comunicação do império. O koinê era uma língua popular muito difundida na época. O Novo Testamento foi escrito no grego koinê, e o apóstolo Paulo falava e escrevia fluentemente tanto o grego como o hebraico e o aramaico. Utilizando o grego, Paulo teve uma formação básica em Tarso e, posteriormente, foi levado por seu pai, que era judeu e pertencia ao grupo dos fariseus em Jerusalém, para aprender e conhecer em profundidade a Torah aos pés do rabino Gamaliel. Aqui, é possível refletir acerca do uso das principais línguas do mundo (inglês, francês, espanhol, mandarim) para a obra da evangelização.

2. O mundo cultural do apóstolo Paulo. O Império Romano respeitava a diversidade religiosa, desde que se respeitassem os deuses do império. Em Roma, havia os cultos a entidades gregas como Eleusis, Dionísio, Atis, que se integravam com divindades egípcias como Osíris, Ísis, Serapis, bem como as divindades orientais Mitras e Asclépio, uma divindade de cura. Havia divindades da Ásia Menor sob o domínio do império em Éfeso, Colossos e Corinto, tais como Diana, Artemis e outras mais. Essa diversidade religiosa acabou facilitando a propagação do nome de Jesus, pregado pelos apóstolos. A realidade atual das diversidades culturais e religiosas pode abrir caminhos para que, de maneira inteligente, evangelizemos o mundo, nos termos do apóstolo Paulo, no areópago de Atenas (At 17.15-34).

3. A influência da filosofia grega. Nesse mundo religioso havia a influência filosófica grega. Essencialmente, o Império Romano era politeísta e Paulo referiu-se a isso em 1Coríntios 8.5. A influência filosófica grega, especialmente do gnosticismo, era muito forte e acabou influenciando o pensamento de muitos cristãos daqueles dias. Os líderes da Igreja da época tiveram de refutar com veemência as teorias do gnosticismo, cujos adeptos queriam misturá-las com a doutrina pura de Cristo. Naturalmente, pelo fato de ter vivido naquele mundo, Paulo teve de fortalecer a doutrina cristã sobre Deus, fé, Jesus, Espírito Santo, graça e salvação. O apóstolo, indiscutivelmente, se tornou o grande defensor do Evangelho de Cristo. Como proclamadores do Evangelho, devemos pensar em estratégias a fim de que nossos jovens e adolescentes, bem como a maturidade cristã, possam expressar a razão da fé com mansidão e temor diante dos não crentes (1Pe 3.15).

 

III. O MUNDO RELIGIOSO DE PAULO

1. Paulo se identifica como judeu. Em Atos 22.3, Paulo declara a sua defesa em Jerusalém, diante dos judeus que se opunham à sua mensagem, tratando-o como traidor da fé judaica: “Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia”. Ele falava em hebraico para aquela plateia, quando todos esperavam que falasse apenas em grego. O apóstolo tinha o sangue de pais judeus. Seu pai era fariseu zeloso e influente na sinagoga em Tarso, e o criou para ser um fariseu, tanto quanto ele mesmo.

2. Paulo foi criado dentro da fé judaica. A circuncisão foi uma lei obedecida pelos pais de Paulo, que o circuncidaram aos oito dias de nascido (Fp 3.5). Uma vez que os judeus valorizavam muito as genealogias, o apóstolo se declarou da tribo de Benjamim. Dentro da fé judaica, Paulo se tornou um defensor ardoroso da Torah, e obedecia a todas as regras e leis requeridas, especialmente, pelos fariseus. Ele era um religioso extremamente zeloso, no sentido de cumprir piamente a lei de Moisés (Gl 1.14). O apóstolo deu testemunho de que havia sido instruído no conhecimento da Torah desde sua meninice aos pés do rabino Gamaliel, pois conhecia tudo de ritos, leis e regras que regiam o Santuário e Israel.

3. O mundo: palco da mensagem de Paulo ao povo gentílico. O mundo missionário dos apóstolos de Jesus restringia-se, numa visão inicialmente limitada, apenas ao povo judeu (At 11.19). Quando o Senhor convocou Paulo, o chamou pelas características de que precisava para disseminar o Evangelho no mundo gentílico. As culturas romana e grega que Paulo adquiriu, davam-lhe condições de peregrinar pelo mundo gentílico. Ele plantou igrejas na Galácia, Acaia e Ásia Menor. O apóstolo não se importava com status social, pois tinha bagagem cultural para entrar nos palácios, nos sinédrios judeus, nas praças do Areópago em Atenas. Portanto, o mundo dos gentios foi o palco que o Espírito Santo montou para que Paulo pregasse o nome de Jesus e estabelecesse novas igrejas por onde passasse. O mundo de hoje é esse mesmo palco que o Espírito Santo preparou para que preguemos o Evangelho com a graça de Deus.

 

CONCLUSÃO

A cultura geral que Paulo adquiriu ao longo da vida tornou-o capaz de enfrentar os oponentes do Evangelho com ousadia e ciência. Diante de reis, governadores, tribunos e autoridades religiosas, o apóstolo era excelente orador e arguto no conhecimento de várias ciências. Paulo tinha uma personalidade forte e dinâmica, orientada por convicções profundas, e perseguia seus objetivos com desvelo e grande envolvimento emocional. O mundo do apóstolo foi o que Deus lhe abriu para que comunicasse o Evangelho de Cristo.

Fonte: Estudantes da Bíblia 

 

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