AD Içara - EBD: Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Içara/SC 

EBD: Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo

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INTRODUÇÃO

O tema do presente trimestre é o pentecostalismo no seu aspecto bíblico, teológico e prático. Os pentecostais são conhecidos por suas relações e experiências com a manifestação do Espírito de Deus, mas sua característica básica é o batismo no Espírito Santo, com seus dons e manifestações, como a glossolalia (línguas), as profecias, as curas e as outras operações de maravilhas. A primeira lição mostra uma visão geral sobre a Pessoa do Espírito Santo e o que a Bíblia ensina sobre Ele.

 

I. A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS

O que os crentes precisam saber sobre o Espírito Santo? Sobre a sua divindade, a sua personalidade, os seus atributos divinos e as suas obras de acordo com a revelação bíblica.

1. Divindade. A deidade absoluta do Espírito Santo é revelada nas Escrituras, e essa é a crença da Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade está clara na fórmula batismal, quando o Espírito aparece como Deus igual ao Pai e ao Filho: “batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Não somente na fórmula trinitária, pois a Bíblia revela com clareza a divindade do Espírito (2Sm 23.2,3; 2Co 3.17,18), e mais: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16). O Espírito Santo é chamado de Deus, pois o apóstolo usa alternadamente os nomes “Deus” e “Espírito Santo”. Isso porque o cristão é templo de Deus (Jo 14.23). Assim, habita no crente o Deus trino e uno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Como em Atos 5.3,4, Deus e o Espírito Santo são uma mesma deidade.

2. Personalidade. A personalidade do Espírito Santo é uma verdade bíblica. As Escrituras revelam os elementos constitutivos dessa personalidade, e os principais são o intelecto, a emoção e a vontade, entre os demais. O Espírito é inteligente e raciocina (1Co 2.10,11; Rm 8.27); Ele tem emoção e sensibilidade, pois ama e pode se entristecer (Rm 15.30; Ef 4.30) e é volitivo, isto é, tem vontade própria. Ele não permitiu que Paulo com sua comitiva se dirigissem à Bitínia (At 16.7). O Espírito Santo distribui os dons espirituais conforme a Sua vontade: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1Co 12.11) ou “distribuindo a cada um particularmente como lhe apraz” (TB — Tradução Brasileira).

3. Atributos divinos. A Bíblia revela todos os atributos incomunicáveis e comunicáveis, ou seja, metafísicos e naturais de Deus no Espírito Santo. Ele é onipotente: “no poder de milagres e prodígios, no poder do Espírito Santo” (Rm 15.19 — TB); e a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4). O Espírito conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus (1Co 2.10,11), assim como o coração humano (Ez 11.5; Rm 8.26,27); as coisas do futuro (Jo 16.13; At 20.23), isso por ser onisciente. Ele possui o atributo da eternidade, pois é chamado de “Espírito eterno” (Hb 9.14). É o Criador do ser humano e do mundo (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30) e, também, o Salvador (Ef 1.13; Ef 4.30; Tt 3.4,5). A Palavra de Deus apresenta, de igual modo, seus atributos comunicáveis, santidade, verdade, sabedoria, entre outros (Rm 15.16; Jo 14.26; Ef 1.17; Jo 5.6).

 

II. O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO

Já estudamos diversas vezes sobre a santíssima Trindade. O Senhor Jesus e o Espírito Santo são um só Deus juntamente com o Pai, visto que a Trindade é a união de três Pessoas distintas iguais em glória, poder e majestade.

1. Pericorese. É um termo teológico desconhecido no meio evangélico, que expressa a relação intratrinitariana do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ou seja, a habitação das Pessoas da Trindade uma na outra. Cada Pessoa está nas outras e cada uma se dá as duas outras. A intimidade entre o Filho e o Espírito Santo se dá nesses termos e é eterna. Jesus fala desse relacionamento desde antes que o mundo existisse (Jo 17.5) e em outro momento Ele diz a Filipe: “Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” (Jo 14.10). O Espírito está também nessa Trindade (1Co 2.10,11).

2. “Ele me glorificará” (16.14). Houve época que entre nós assembleianos alguns questionavam a adoração ao Espírito Santo. O argumento era baseado numa intepretação equivocada das palavras de Jesus: “Ele me glorificará, porque há de receber o que é meu” (Jo 16.14). Ainda hoje é comum ouvir alguém dizer que o Espírito Santo não deve ser adorado porque é Ele que glorifica a Cristo. Tal argumento é equivocado, pois o Pai glorifica também o Filho (Jo 17.5), e nem por isso se diz que o Pai não deve ser adorado. Se o Espírito é Deus, logo, pode ser adorado, do contrário, seria um deus de segunda categoria, e isso não existe na fé cristã.

3. O efeito prático da pericorese. A verdade é que quando expressamos num culto “glória a Deus!”, o Filho e o Espírito são glorificados no seu louvor (Fp 3.3). Da mesma maneira, quando damos glória a Jesus, o Pai e o Espírito Santo estão sendo também glorificados, e igualmente quando se glorifica o Espírito Santo, o Pai e o Filho são glorificados juntamente (Ap 5.6,13). De modo que a declaração do artigo de fé 27 do Credo de Atanásio, “tanto a unidade na trindade como a trindade na unidade deve ser adorada”, está fundamentada nas Escrituras. Tanto faz adorar a Jesus separadamente ou a qualquer das outras Pessoas da Trindade, como adorar a Trindade.

4. Consubstancial com o Filho. Consubstancial quer dizer, “da mesma substância”. O Senhor Jesus prometeu enviar o Consolador e o identifica com o Espírito Santo: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome” (v.26). O Filho é consubstancial com o Pai (Jo 10.30) da mesma forma que o Espírito é consubstancial com o Filho (Rm 8.9). Jesus disse que o Pai “vos dará outro Consolador” (v.16). A palavra “outro”, em grego, empregada nessa passagem, significa ser alguém da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade. O Espírito Santo, portanto, é alguém como Jesus, da mesma substância, glória e poder.

 

III. O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO

A atuação do Espírito Santo não se restringe aos corações humanos, ele age sobre a criação inteira. Ele atua no mundo e na igreja. Sua ação é ampla na vida humana no passado, no presente e no futuro.

1. No mundo. Sua atuação é visível a começar pela criação e preservação do planeta Terra: “e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2). A ação dele não ficou somente na ordem cósmica do universo. Ele continua como mantenedor e preservador de todas as coisas criadas: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30). A atuação do Espírito acontece também nas coisas naturais do dia a dia, e nem por isso deixa de ser uma ação milagrosa, como um acerto médico num diagnóstico complicado, uma aprovação num concurso concorrido, uma promoção de cargo da empresa, entre outros.

2. No plano divino da salvação. Foi o Espírito Santo que conduziu a história da redenção humana por meio da nação escolhida de Israel (1Pe 1.10-12) e inspirou os profetas (2Pe 1.19-21). Sua presença está em toda a história dos antigos hebreus como os 70 anciãos auxiliares de Moisés (Nm 11.25) e dos demais heróis de Israel como Otniel, Gideão, Sansão, Davi entre outros (Jz 6.34; 14.6; 1Sm 16.13). O Espírito é a primeira pessoa com quem o pecador tem contato quando vem a Cristo, embora tal experiência não seja reconhecida ou identificada no início, pois é Ele que nos leva a Cristo (1Co 12.3).

3. Na vida humana. O Novo Testamento registra o início da dispensação da plenitude do Espírito, e essa nova era começou com a descida do Espírito Santo, no dia de Pentecostes (At 2.1-8). Essa descida foi para que Ele ficasse conosco “para sempre”, foi promessa de Jesus para a Dispensação da Igreja (Jo 14.16). Nos dias atuais, o Espírito continua atuando na vida dos crentes. Isso pode ser visto por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22) e das manifestações dos dons espirituais (1Co 12.4-11).

 

CONCLUSÃO

As informações sobre o Espírito Santo são abundantes; procuramos apresentar um estudo conciso e compreensível. Os pontos principais da doutrina pentecostal são temas das lições que se seguem. É importante, por enquanto, saber que o estudo sobre o pentecostalismo é o estudo sobre o Espírito Santo; e estudar o Espírito é estudar sobre Deus e o seu relacionamento conosco em Cristo.

Fonte: Estudantes da Bíblia

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